sexta-feira, 24 de abril de 2015

Natureza em Portugal

Foto de Jens Böhme.


Poço da Alagoínha – Fajã Grande e Fajãzinha, Ilha das Flores, Açores (Portugal).

A zona da Fajã Grande - Fajãzinha constitui uma das mais belas paisagens litorais dos Açores. Pela extensa parede verdejante que bordeja esta zona desenvolvem-se quase duas dezenas de imponentes quedas de água, com destaque para a da Ribeira Grande, que se despenha num salto de 300 metros. Na base da escarpa existem diversas massas de água permanentes, como é o caso do Poço do Bacalhau ou o Poço da Alagoinha, também conhecido como Lagoa dos Patos. Uma caminhada até à escarpa permite apreciar de perto as cascatas e o cenário montado pela Natureza, que é um convite à contemplação e a um banho retemperador. O cinzento-escuro da rocha, o verde luxuriante da vegetação, o branco enérgico da espuma de água e o azul cristalino da poça, entrelaçam-se para compor uma visão prodigiosa.


Fonte: Portugal+

sábado, 11 de abril de 2015

ECONOMIZE ENERGIA

Desligue a luz (1/10)

Você não precisa dar um tiro na sua TV para fazer a diferença. Simplesmente desligá-la no fim do dia em vez de deixá-la no standby já economiza muita energia.

A média dos lares na Grã-Bretanha poderia economizar até 50 euros por ano apenas desligando os aparelhos em vez de deixá-los em standby. (Foto: Shutterstock)


Aproveite o sol (2/10)

Você não precisa chegar a extremos como esta mulher da Bielorrússia, mas pendurar a roupa do lado de fora em vez de usar uma secadora elétrica economiza muita energia.

As secadoras elétricas padrão respondem por 6% de toda a eletricidade consumida pelos lares norte-americanos. Se todo mundo usasse um varal nos meses quentes, o impacto no consumo nacional de energia seria enorme. (Foto: Reuters)





Baixe a temperatura (3/10)

Os modernos sabões em pó para lavar roupa são mais eficazes em temperaturas mais baixas. Portanto, você vai conseguir tirar aquelas manchas mesmo se lavar suas roupas a 30 graus centígrados em vez de usá-la a 40 graus.

A lavagem em água mais fria poderá economizar até 40% de energia em cada carga de roupa. E se comprar um modelo de lavadora de baixo consumo, você pode conseguir economizar ainda mais, além de economizar água. (Foto: Shutterstock)




Recicle sempre que possível (4/10)

Você sabia? Reciclar uma latinha de alumínio pode economizar eletricidade suficiente para acender uma lâmpada de 100 watts por mais de três horas.

Reciclar reduz o volume de lixo que enviamos para os aterros sanitários ou que precisamos incinerar e, em troca, isso economiza energia e reduz as emissões de CO2. (Foto: Shutterstock)




Tire peso do seu carro (5/10)

Quanto mais coisas você carrega, mais energia você consome ao caminhar. O mesmo se aplica ao seu carro: quanto mais pesado ele estiver, mais combustível será necessário para ele rodar – especialmente nos carros compactos.

Para cada 50 quilos de carga que retirar do carro, você ganha até 2% mais quilômetros por litro – e assim você economiza dinheiro também. (Foto: Shutterstock)



Réguas de tomada inteligentes (6/10)

Mesmo se você desligar a TV e o computador, eles usam continuamente até 20 quilowatts de eletricidade se estiverem conectados à tomada.

Conectar seus equipamentos a uma régua de tomadas e desligá-la durante a noite não requer muito esforço e é um modo excelente para economizar até 8 kg de CO2 por ano! (Foto: Shutterstock)



Cozinhe na menor panela (7/10)

Cozinhar com a menor panela possível e usar a menor boca do fogão tem um duplo impacto: sua comida vai aquecer mais rápido e você vai desperdiçar menos energia.

Usando uma panela de 15 cm de diâmetro sobre uma boca de 8 cm de diâmetro, você perde quase a metade do calor produzido pela chama. (Foto: Shutterstock)



Use um laptop (8/10)

Um computador ecologicamente correto não precisa ser movido a energia humana como este protótipo. Usar um laptop normal já vai consumir até 80% menos energia em comparação com um computador de mesa. Mesmo se conectar um monitor maior no seu laptop, ainda assim você estará economizando energia.

O motivo é o seguinte: o baixo consumo de energia é importante para os laptops, pois define quanto tempo as baterias vão durar. Por isso os laptops usam os dispositivos mais eficientes à disposição em termos de consumo de energia. (Foto: Reuters)


Embalagem reciclável (9/10)

Bolinhas para embalagem feitas de amido que se dissolvem na água são uma alternativa ambientalmente correta. E que tal reutilizar as bolinhas das embalagens que você recebe dos outros? Assim você economiza dinheiro e evita desperdício.

Reutilizar papel de embrulho ou usar folhas de jornal para embrulhar presentes também faz bem ao meio ambiente. (Foto: Shutterstock)


Divulgue as ideias ecológicas (10/10)

Você tem alguma ideia de como favorecer mais o meio ambiente? Acha que seus colegas têm algo para compartilhar também?

Você está vendo aqui um jeito fácil para divulgar esse conhecimento no seu local de trabalho. Então por que não fazer um quadro de ideias ou uma caixa de sugestões? (Foto: Shutterstock)


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As famílias consomem cerca de um terço de toda a energia usada na Europa. Usar a energia de modo mais eficiente pode economizar bastante dinheiro. Eis aqui algumas ideias para você começar a fazer isso.

Fonte: Sustentabilidade Allianz, por Miki Yokoyama


"Tarifa Zero é uma proposta para valer, não é utópica"

                                Por Mobilize Brasil                                   27 de janeiro de 2015.

"O transporte coletivo não é um serviço que possa ser encarado como um 
negócio regido apenas pelo lucro, pelas leis de mercado." (Foto: Reuters)

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Uma entrevista com Lúcio Gregori, ex-secretário de Transportes da cidade de São Paulo e criador da proposta para zerar a tarifa do ônibus urbano.

Os recentes aumentos nas tarifas de transporte urbano no Brasil e as manifestações realizadas pelo Movimento Passe Livre trazem novamente às manchetes a polêmica sobre a necessidade de aumentar subsídios e de mudar a forma como são contratados e geridos os serviços de ônibus nas cidades brasileiras. Para esclarecer o tema, o Portal Mobilize Brasil falou com o economista Lúcio Gregori, um dos maiores defensores da gratuidade do transporte público.

Por que tarifa zero?
A questão tem a ver com o baixo subsídio dado ao transporte urbano no Brasil. No mundo inteiro, em países como os Estados Unidos, França e China, o transporte coletivo é fortemente subsidiado - entre 50% a 70% - pelo estado por meio de taxas. E isso é assim há várias décadas. No Brasil a média gira em torno de 15% e em São Paulo, o subsídio está perto de 20%, um dos mais altos do país.
O transporte coletivo não é um serviço que possa ser encarado como um negócio regido apenas pelo lucro, pelas leis de mercado. Para se ter um sistema de transporte de boa qualidade, no caso de ônibus com tração elétrica, ar-condicionado, câmbio automático etc., o custo de operação vai ser alto e ficará inacessível a boa parte da população. Caso se queira financiar esse transporte de excelência apenas com a tarifa dos passageiros, certamente haverá um colapso. Daí a necessidade de subsídio.

Mas qual seria o nível de subsídio adequado para o Brasil?
Em Xangai, por exemplo, o subsídio é de 60%. Se a cidade de São Paulo adotasse essa cifra, os passageiros pagariam uma tarifa de R$ 1,40, que parece bem mais justa para a renda média da população.

Então, a tarifa zero é uma proposta utópica, apenas para orientar a luta para aumentar o subsídio ao transporte público?
Não. Tarifa Zero é uma proposta para valer, não é utópica. Acontece que se você chega a um subsídio muito alto, com a consequente tarifa mais baixa, o custo da cobrança, os controles necessários, acabam sendo antieconômicos. Nesses casos, a isenção da tarifa surge quase como uma necessidade do gestor público. E com a tarifa mais baixa, as pessoas passam a circular mais pela cidade e dinamizam a economia local.


 / Créditos: Reprodução / TV Gazeta Lúcio Gregori: mudar a forma de gestão do transporte. (Foto: Reprodução / TV Gazeta)

Lembro que no início de 2013, ainda antes das manifestações de junho, a cidade de Santa Bárbara D' Oeste - SP criou uma gratuidade dos transportes públicos aos sábados. Em outubro de 2014, como a Câmara não votou os recursos necessários, esse benefício foi suspenso. E sabe quem mais reclamou? Foi a Associação Comercial da cidade, que viu o movimento do comércio cair fortemente. Então, a tarifa zero tem um efeito virtuoso não apenas no acesso ao transporte, mas também na economia local. E as cidades ganham competitividade, porque mais gente passa a adotar o transporte público, com redução dos problemas de trânsito provocados pelo excesso de automóveis.
Essa polêmica sobre a tarifa zero me lembra a discussão sobre a criação do 13º salário (em 1962, no governo João Goulart), que no início era considerado "uma ideia de comunistas". Hoje ninguém discute que esse recurso é importantíssimo para movimentar a economia do país.


Mas como obter os recursos para financiar subsídios mais altos ao transporte urbano?

Há várias equações possíveis para fechar a conta. Em Paris, por exemplo, cerca de 40% da tarifa são pagos pelas empresas, numa taxação proporcional ao número de funcionários; outros 35% são pagos pelos usuários e o testante é bancado pelo poder público.Se o estado tiver que bancar todo o subsídio, então alguém terá de pagar isso na forma de impostos, o que leva à discussão sobre as políticas tributárias. O problema é que no Brasil a minoria mais rica paga menos impostos do que a maioria mais pobre.


Falta transparência nas planilhas de custos das empresas que prestam os serviços de transporte urbano no Brasil?
As planilhas, tal como apresentadas, não representam muita coisa. Elas trazem o óbvio e, salvo erros grosseiros, ninguém vai conseguir encontrar qualquer inconsistência.
Um dos problemas é que os insumos são lançados nas planilhas com preços de mercado, mas sabe-se que boa parte das empresas do setor conseguem negociar os preços, porque compram em grandes quantidades. Ou, em muitos casos, os mesmos grupos empresariais possuem empresas que vendem ônibus ou combustíveis, ou sejam compram deles mesmos. Além disso, as planilhas estão desatualizadas; elas foram geradas a partir de critérios do Geipot (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, organismo criado em 1965), há mais de 25 anos, que já não correspondem à realidade do momento.
A forma mais transparente de elaborar uma planilha de custos seria a criação de um conselho de tarifas, com representação de vários setores da sociedade, incluindo o empresariado, sindicatos de trabalhadores, associações e organizações de usuários, além da prefeitura e das empresas de transportes.


Por que o movimento Tarifa Zero questiona a forma como as empresas exploram o transporte urbano no Brasil?
O problema central é a forma de concessão, é o modelo de contratação adotado pelas prefeituras. Em São Paulo, a forma de remuneração é sobre o número de passageiros transportados, o que é um absurdo. Esse é um estímulo para que o empresário coloque o maior número de passageiros no menor número possível de ônibus. Antes, até 2003, o contrato era por fretamento da frota, com um certo número de passageiros e uma quilometragem prevista por dia.
A forma mais correta seria contratar o serviço a ser prestado: a prefeitura deveria fretar um conjunto de veículos, em boas condições, bem limpos, com todas suas funções em ordem, com os motoristas. Caberia às empresas fornecer essa infraestrutura e ao município a operação e administração das linhas. Enfim, seria um contrato por custo operacional mais custos de capital.

Leia mais sobre a proposta da Tarifa Zero no site tarifazero.org

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Fonte: Sustentabilidade Allianz