sábado, 15 de fevereiro de 2014

O calor humano que vem debaixo da terra

O metrô de Londres tem uma das maiores redes do mundo, com uma extensão de 
408 quilômetros, abrangendo 11 linhas e 268 estações. (Foto: Shutterstock)
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Aperto gerado com a superlotação do transporte público vai ajudar a manter as casas londrinas aquecidas durante o inverno.


Como reduzir os impactos ambientais causados pela alta atividade das usinas de carvão nesta época do ano? Como diminuir as altas contas de luz pagas pela população britânica no inverno, quando as residências geram uma enorme demanda por aquecimento?

A solução encontrada pelo prefeito de Londres, Boris Johnson, veio de debaixo da terra: do calor humano gerado no aperto do metrô londrino, que tem uma das maiores redes do mundo, com uma extensão de 408 quilômetros, abrangendo 11 linhas e 268 estações.


Em parceria com a rede de distribuição de energia da cidade, com a administração do sistema de transportes e com o Conselho de Islington, importante instituição da capital inglesa, o projeto pretende retirar energia tanto do calor humano que vem do aperto da multidão quanto do impacto dos vagões sobre os trilhos.


A temperatura elevada nos profundos e mal ventilados túneis do metrô já é conhecida da população britânica. Ao longo das estações é possível ver anúncios aconselhando as pessoas a andarem sempre com uma garrafa de água, para se manterem frescas e evitarem situações de emergência.


Todo este calor será desviado para um enorme poço de ventilação conectado à rede térmica da cidade, que vai transportar e dividir individualmente essa energia até ela chegar aos aquecedores de cada residência, neste que promete ser um inverno muito rigoroso.


O objetivo da iniciativa é viabilizar o fornecimento de energia sustentável, desenvolver tecnologias de baixo impacto ambiental, além de economizar recursos financeiros e preservar a atmosfera, já que as termoelétricas a carvão emitem dióxido de carbono (CO2), um poluente muito prejudicial ao meio ambiente.


O projeto faz parte do plano de responsabilidade ambiental de Londres, que prevê a redução de 60% no total das emissões de carbono na cidade. De acordo com os desenvolvedores da iniciativa, além de diminuir a emissão de resíduos e economizar dinheiro, a ideia é incentivar a inovação e a criação de empregos relacionados à energia limpa.

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Fonte: Sustentabilidade Allianz, por Giulianna Aquarone, em 12/fev/2014

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