quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Quinto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)

 

 

7 principais conclusões do quinto relatório do 

Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - IPCC 



1. É praticamente certo que o planeta se aqueceu desde meados do século 20.
Cada uma das últimas três décadas tem sido mais quente do que as décadas precedentes, desde 1850. A taxa de aumento do nível do mar tem sido maior do que qualquer taxa média dos últimos 2.000 anos. Quase todas as geleiras estão diminuindo e o gelo do mar Ártico e da cobertura de neve no Hemisfério Norte diminuíram.


2. Cientistas estão mais confiantes do que nunca de que os seres humanos são responsáveis pelo fenômeno.
Os cientistas estão agora com mais de 95% de certeza de que os seres humanos são a principal causa das mudanças climáticas, principalmente por meio da queima de combustíveis fósseis.


3. A continuidade do aumento do aquecimento é iminente e os registros de variações de curto prazo não refletem as tendências climáticas de longo prazo.
A variabilidade natural do sistema climático, devido ao efeito El Niño, erupções vulcânicas e outras influências, faz com que seja impossível determinar a tendência de aquecimento global do planeta por meio de medidas de curto prazo. No longo prazo, inevitavelmente, as emissões continuadas de gases de efeito estufa causarão o aumento das temperaturas.


4. O aquecimento da superfície pode significar um aumento provável de mais de 2°C até 2100, com relação aos anos anteriores a 1900.
O aquecimento será distribuído de forma desigual na superfície da Terra. Estes aumentos de temperatura podem significar ondas de calor extremo, secas e inundações devido às fortes chuvas.


5. O ritmo de derretimento do gelo terrestre está se acelerando no Ártico e na Antártida e o nível do mar poderia subir por mais de 1 metro até 2100.
Isso poderia afetar grandes cidades, de Nova York a Londres e Xangai.


6. Estimativas da temperatura e elevação do nível do mar do IPCC são conservadoras.
Centenas de cientistas e representantes de cerca de 200 países devem concordar com a redação contida nos relatórios do IPCC e, portanto, acabam sendo conservadores em suas estimativas.


7. Espera-se aumento de eventos extremos climáticos.
Os cientistas estão praticamente certos de que haverá mais dias quentes e menos dias frios, e que as estações sejam menos “marcadas” ao redor do mundo. É muito provável, também, que as ondas de calor serão mais frequentes e com maior prazo de duração. Países de latitudes médias e regiões tropicais úmidas serão mais propensos a eventos extremos de chuva, que serão mais intensos e mais frequentes em 2100.


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Fonte: EXAME.com - Pegada Sustentável


As duas versões do espantalho

Em setembro, a Chipotle, uma corporação de fast food que se posiciona como uma rede de restaurantes de comida fresca e natural, lançou um vídeo que virou viral e foi visto mais de sete milhões de vezes.  

Nele, o Espantalho, principal personagem, se impressiona com as práticas de produção de carne, olhando como, por exemplo, um robô injeta algo verde num frango o que o faz expandir como um balão. Há várias mensagens e apelos embutidos nesse vídeo (há também um jogo) e, em geral, ele foi muito bem aceito e considerado inovador. Porém surgiram várias críticas de que as mensagens que se relacionam as práticas da Chipotle dificilmente podem passar por uma auditoria, caso haja uma. 

Logo após lançamento, a Funny or Die, site de videos engraçados, lançou a tal da versão honesta do Espantalho, substituindo apenas o texto da música que acompanha o vídeo. Assim, o mundo de “pura imaginação” virou um de “pura manipulação”, e a história do Espantalho virou uma “produção supercara” que serve “apenas para propaganda”.
 
Acho que é um belo exemplo de como tem que se pensar bem e de forma integrada antes de montar uma mensagem que trata dos assuntos relacionados à sustentabilidade, para não ser acusado em greenwashing. Abaixo estão as duas versões do Espantalho – a original e a “honesta”.




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Fonte: Você S/A, por Natalia Pasishnyk, em 30/10/2013