domingo, 2 de dezembro de 2012

HISTÓRIA DA TERRA

A ERA MESOZOICA

Abrangendo os 187 milhões de anos dos períodos Triássico, Jurássico, e Cretáceo, a era Mesozoica (ou "vida do meio")  está entre dois grandes eventos de extinção, dos quais o segundo é conhecido como a extinção do fim do Cretáceo. É com frequência caracterizada como a Idade dos Répteis, porque muitos dos principais grupos de répteis foram formas dominantes de vida, incluindo os dinossauros na terra, os ictiossauros no mar e os pterossauros no ar.


VIDA MARINHA 

A extinção do fim do Permiano e o colapso dos recifes do Paleozoico causaram um grande impacto na vida marinha. Com isso, os corais de recifes modernos evoluíram e a diversidade marinha e as cadeias de alimentos foram restabelecidas. Os moluscos bivalves e caracóis mais adaptáveis gradualmente suplantaram os braquiópodes. Os peixes ósseos e os cartilaginosos se diversificaram, com alguns tubarões se tornando predadores do topo da cadeia. Mas as águas também foram ocupadas por novos répteis marinhos, como tarturugas e crocodilos, ao lado dos agora extintos plesiossauros, ictiossauros parecidos com golfinhos e mosassauros. 

 TARTARUGAS MARINHAS
As primeiras tartarugas com cascos protetores
apareceram no Cretáceo, evoluindo de uma 
tartaruga terrestre mais velha do Triássico.  



 
RÉPTEIS MARINHOS
Novos predadores ocuparam os mares, como os rápidos
nadadores ictiossauros.  Semelhantes a golfinhos com dentes,
com mandíbulas como bicos, esses répteis viveram do Triássico ao Cretáceo.



VIDA VEGETAL   

Durante o fim do Permiano e o início do Triássico, as plantas paleozoicas dominantes - como samambaias, licopódios e cavalinhas - diminuíram.  Novos grupos diversificados incluíam coníferas, que se reproduzem por meio de sementes localizadas em cones. Eles se tornaram especialmente importantes nos períodos Jurássico e Cretáceo, ao lado de cicadáceas e bennetitales parecidas com cicadáceas. A maioria das cicadáceas também tinha cones de sementes e estava espalhada pelo mundo, até mesmo nas regiões polares, quando eleas ficavam livres de gelo. As plantas com flores (angiopermas) evoluíram ao longo do Cretáceo. Elas combinavam diversas características encontradas em outras plantas do Mesozoico, como estruturas reprodutivas do tipo flor (também presentes nas bennetitales), com a característica única que distingue as plantas com flores - sementes não fertilizadas encapsuladas em um carpelo.


 CICADÁCEAS  SOBREVIVENTES
As poucas cicadáceas vivas são sobreviventes 
de um grupo muito maior de plantas com sementes
que fizeram parte importante das florestas 
do Jurássico e do Cretáceo.

 
DINOSSAUROS  

Por 150 milhões de anos, do fim do Triássico até o fim do Cretáceo, a vida terrestre foi dominada pelos répteis. Um grupo muito variado, conhecido como dinossauros, com cerca de 900 gêneros, se diversificou de formas bípedes do tamanho do corpo até os maiores animais de vida terrestre já conhecidos - os saurópodes de quatro patas com 34 metros de comprimento. 

Os dinossauros foram pela primeira vez reconhecidos como um grupo distinto de répteis em 1842. Sua característica específica era o fato de eles andarem com as pernas dobradas sob seus corpos, ao contrário dos répteis vivos, que tem pernas abertas. A maioria dos grandes dinossauros era herbívora, com longos pescoços para alcançar o alto das copas das árvores do Mesozoico. Mas houve também muitos grandes predadores carnívoros, como os alossauros jurássicos, que atingiam 12 metros de comprimento.



 PLACERIAS

Este gigante de 3 metros de comprimento
do fim do Triássico da América do Norte foi
um dos últimos terapsídeos sobreviventes
(répteis semelhantes a mamíferos)



Os dinossauros ocuparam a maioria dos hábitats disponíveis da era Mesozoica. Há dois tipos distintos de dinossauros: um com a pélvis semelhante à de um pássaro e outro, à de um réptil. Este último incluía um grupo chamado dinossauros maniraptores, alguns dos quais tinham penas. Um grupo desses pequenos predadores no Cretáceo foi, provavelmente, o ancestral das aves.      



PEGADAS DE DINOSSAURO
Essas pegadas de três dedos de dinossauro,
inicialmente confundidas com aquelas de pássaros
gigantes, agora são usadas para estimar a velocidade
máxima dos dinossauros.
MAMÍFEROS E AVES   
Os mamíferos (4.250 espécies de seres vivos) e aves (9 mil espécies de seres vivos) são os dois grupos de vertebrados de sangue quente que dominaram as paisagens do Cenozoico. Embora os répteis ainda fossem abundantes (6 mil espécies vivas), eram em sua maioria menores do que os mamíferos. Fósseis indicam que a origem réptil de mamíferos e aves está na era Mesozoica, os primeiros no fim do Triássico e os últimos no Jurássico. De acordo com os registros fósseis, uma expansão significativa de ambos os grupos não ocorreu até após o evento de extinção no final do Cretáceo, que eliminou a maioria dos grupos de aves em evolução e alguns dos primeiros mamíferos. Mas apareceram tantos grupos diferentes de mamíferos e aves imediatamente após o Mesozóico, no Paleoceno, que houve provavelmente mais grupos ancestrais do fim do Cretáceo do que o registro fóssil preserva.
Os grupos primitivos de mamíferos do Mesozoico variavam de tamanho, desde um musaranho até um rato grande, e a maioria desapareceu. Entretanto, os marsupiais e os monotremos ovíparos sobreviveram, especialmente na Oceania e nas Américas.
 MEGAZOSTRODON
Morganucodontas, como o devorador de insetos
Megazostrodon, estavam entre os primeiros
mamíferos primitivos semelhantes ao musaranho.
   ARQUEOPTÉRIX
Em 1862 foi encontrado o primeiro fóssil
completo do pássaro, incluindo as penas que
permitiam o voo.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Não havia calotas polares durante o Mesozoico e as temperaturas globais eram geralmente altas (em média, 19ºC), mas os níveis de dióxido de carbono oscilavam com um viés descendente ao longo das eras Mesozoica e Cenozoica.
Durante o evento de extinão no final do Cretáceo, há cerca de 65 milhões de anos, os climas foram significativamente alterados em escala global. Os detalhes ainda são debatidos, mas o carvão fóssil indica que houve um curto período de incêndios globais que devastaram a vida e, talvez, aquecimento de longo prazo, reforçados por gases de efeito estufa provenientes de um derrame maciço de lava, conhecido como as erupções Decã, que formaram a região serrana da Índia conhecida como o Planalto do Decã.
EXTINÇÃO
Cerca de 50% de todas as espécies desapareceram no fim do Cretáceo, no evento conhecido como a extinção KT. As vítimas incluíam os dinossauros (exceto as aves), os répteis marinhos e voadores remanescentes e os amonitas (em conchas, animais como a lula). A extinção coincidiu com o impacto de um grande meteorito no Mar do Caribe, ao largo da Península de Yucatán, em Chicxulub (México), e as lavas das erupções Decã. Ambos tiveram um efeito significativo no clima global, mas os vários efeitos do impacto do meteorito provavelmente causaram as extinções.
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Fonte: Isto É - Enciclopédia Ilustrada da Terra
Imagens originárias de sites externos.
       

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