domingo, 2 de dezembro de 2012

HISTÓRIA DA TERRA

A ERA PALEOZOICA
(continuação) 


MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Hoje, a sequência de camadas de rochas preservadas dentro dos continentes individuais, como a América do Norte, mostra uma história de mudanças climáticas drásticas no Paleozoico, que vão das frias águas marinhas do período Ordoviciano e dos desertos do Devoniano até os mares tropicais do Carbonífero (durante a época Mississipiana), florestas tropicais (durante a época Pensilvaniana) e de volta aos desertos no período Permiano. No entanto, essa sequência de mudanças não é, como se esperava, atribuída às mudanças drásticas no clima global, e sim ao movimento dos continentes através das zonas climáticas da Terra por meio da tectônica de placas. Do Ordoviciano ao Permiano, a América do Norte (na Placa Laurenciana) se moveu do hemisfério sul para o norte através do equador. 

 ARENITO PERMIANO
Pilhas grossas de camadas de arenito foram depositadas nos
vastos desertos áridos do supercontinente Pangeia. Estruturas
nos leitos mostram que elas faziam parte das dunas de areia.



ANCESTRAIS DOS RÉPTEIS

Os tetrápodes terrestres primitivos eram animais do tipo da salamandra, com cerca de 1 metro de comprimento. Pouco se conhece sobre sua biologia, exceto que eles tinham de voltar à água para se reproduzir. Em meados do Carbonífero, os anfíbios e novos grupos do tipo dos répteis haviam evoluído. Eles tinham 2-3  metros de comprimento e pareciam crocodilos e lagartos. Mas a característica fundamental dos répteis - a capacidade de depositar ovos cobertos por membranas (amnióticos) em terra seca - é difícil de reconhecer nos fósseis.

Do final do Carbonífero até o Permiano, porém os verdadeiros répteis se diversificaram. O supercontinente Pangeia foi ocupado por muitos grupos de répteis de vida curta, alguns dos quais no fim evoluíram para dinossauros, outros para tartarugas, e outros ainda para mamíferos. 

ANFÍBIO CARNÍVORO
Esses resíduos fósseis do início do Triássico,
de diversos anfíbios carnívoros, foram encontrados
na África do Sul, agrupados em torno dos fósseis de
um réptil herbívoro chamado Lystrosaurus.
 
 
EXTINÇÃO
 
No fim do Permiano, cerca de 90% dos organismos vivos (60% dos gêneros), tanto os marinhos como os terrestres, pereceram na maior extinção em massa conhecida. Entre os grupos que desapareceram estão os corais, trilobitas e escorpiões aquáticos do Paleozoico, enquanto os equinodermos crinoides (lírios-do-mar), braquiópodes, moluscos e caracóis sofreram sérias perdas, assim como a maior parte da vida terrestre.
 
Os geólogos procuraram uma causa única, em especial o impacto de um grande meteorito como aquele que causou a extinção final do Cretáceo, mas sem sucesso. A extinção coincidiu com um vasto fluxo de lavas e gases vulcânicos na Sibéria (conhecido como as Armadilhas Siberianas), que bem pode ter alterado o clima global. Também há evidência de anoxia generalizada nos oceanos, que pode ter fatalmente interrompido cadeias de alimentos, causando o desaparecimento de muitos grupos. A origem dessa anoxia pode ter sido a liberação súbita de enormes quantidades de dióxido de carbono oriundas de massas congeladas de metano, conhecidas como hidratos de gás, que ficaram enterradas como gelo nos depósitos do leito oceânico. 
 
 
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Fonte: Isto É - Enciclopédia Ilustrada da Terra
 
Imagens originárias de sites externos.
   
 

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