domingo, 25 de novembro de 2012

Couve em Vaso


Couve rendada, uma delícia refogadinha com alho

Hoje o dia está corrido e para o almoço, pronto na geladeira, eu só tinha arroz e feijão. Sem problemas, adoro e como todos os dias com gosto, mas faltavam coisinhas pra dar uma incrementada. Nessa hora, ter uma horta em casa faz toda a diferença. Desde o começo das minhas plantações, nunca tive a pretenção de comer só o que produzo. Uma horta grande e variada que possa prover uma casa de vegetais em quantidade suficiente para dispensar a compra de horti fruti dá bastante trabalho e exige mais tempo e dedicação do que tenho disponíveis atualmente. Por isso, desde o começo, alterno culturas pensando no que gosto de ter como acompanhamento e no que é prático para complementar uma refeição, fazer um molho de macarrão, coisas assim.

Mas o que tenho colhido tem sido suficiente para comer bem variado e, muitas vezes, ainda sobra para presentear vizinhos e amigos. É o caso dos pés de couve. Quando me mudei para o sítio ganhei da D. Leonia seis mudinhas de uma linda variedade de couve toda recortada que batizei de couve rendada, mas quando ainda morava em São Paulo já tinha feito experiências super bem sucedidas com couve comum em vaso. Ambas são plantas fáceis de cultivar mas exigem alguma paciência e dedicação no quesito combate a pulgões.

Na verdade toda a família das couves - couve manteiga, couve-flor, brócolis, repolho - tem esse inconveniente. Vira e mexe as folhas são atacadas por pulgões, que sugam a seiva da planta e vão minando sua energia até a morte. São bichinhos brancos, cinzas ou pretos que aparecem na face inferior da folha, todos juntinhos, trabalhando em grupo. Esse ataque pode acontecer em qualquer época do ano, mas é mais frequente durante o calor intenso e quando faltam regas suficientes. Para combatê-los, o velho e bom óleo de neem resolve. Veja o post sobre pragas nas plantas.

Uma opção de prevenção ou mesmo de combate, quando a situação ainda não é grave, é esguichar as folhas por baixo com um jato forte de água, assim os pulgões se desprendem. Retirar do pé as folhas velhas, que não serão mais usadas porque estão feias, também ajuda a manter a couve livre de pragas, porque faz com que a planta fique bem arejada, sem folhas emboladas, que são o ambiente perfeito para pulgões se esconderem.

No mais, o cultivo é fácil, sem surpresas, e a colheita é recompensadora. Hoje tenho cinco pés de couve rendada e colho cerca de 15 folhas a cada duas semanas. Quando tinha só uma, em vaso, colhia 3 ou 4 folhas a cada duas semanas, que são o suficiente para duas pessoas. E o pé dura muitos meses, acho que mais de ano. Você já começa a colher folhas quando ele ainda é baixinho, com 30 cm de altura, e com o passar do tempo ele vai ficando alto, chega a mais de 1,5 metro.

Se quiser experimentar ter uma couve no vaso, plante em um que tenha, no mínimo, 40 cm de altura. Capriche na escolha da terra, bem fértil, adubada, para garantir uma couve saudável e bem bonita. E coloque-o num lugar onde bata pelo menos 4 horas de sol todos os dias. As regas devem ser frequentes para manter a terra sempre úmida. Se secar, sua couve vai murchar rapidamente.

É possível encontrar mudinhas prontas para o plantio no vaso em boas lojas de jardinagem. Ou então faça as suas a partir de sementes, seguindo o passo a passo do post como fazer uma sementeira.

 
Antiga couve comum, cultivada em vaso no quintal de São Paulo 

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Fonte: De Verde Casa

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