quinta-feira, 25 de outubro de 2012

HISTÓRIA DA TERRA

A ERA PALEOZOICA

Paleozoico significa "vida antiga", e essa era presenciou a formaçã de muitos fósseis da fauna tomotiana (fauna composta por pequenos animis com exoesqaueleto ou carapaça) e as plantas terrestres se desenvolveram. A era terminou com o maior evento de extinção já registrado, no final do período Permiano, quando 90% de toda a vida na Terra foi dizimada.


TECTÔNICA DE PLACAS

Os continentes da Terra são constantemente redesenhados pelos movimentos das placas da crosta, com novos oceanos se abrindo e a subdução do fundo do mar mais antigo (ver pág. 109). Durante o Paleozoico, quase todos os continentes estavam unidos, formando o supercontinente chamado Gondwana. Com o tempo, este derivou do hemisfério sul para o norte, formando um supercontinente ainda maior, chamado Pangeia, que, no final do Paleozoico, se estendi de um polo ao outro.


RELÓGIOS MOLECULARES
O relógio molecular estima as idades de grupos de organismos sem se basear nos fósseis. Medindo-se a similaridade genética entre os grupos atuais e assumindo que a taxa de evolução é constante, o tempo de divergência entre eles pode ser calculado. Por exemplo, de acordo com o relógio molecular, os tubarões surgiram há 528 milhões de anos, mas os primeiros fósseis aparecem em estratos de 385 milhões de anos de idade. A diferenç pode refletir a ausência de fósseis ou uma interpretação equivocada das taxas de evolução.

A EXPLOSÃO DO CAMBRIANO

No meio do século 19, os vestígios fósseis pareciam indicar que a vida havia começado no início do período Cambriano com o aparecimento de diversos organismos marinhos, como as esponjas e os trilobitas, com carapaças e esqueletos mineralizados. Hoje sabemos que a vida é muito mais antiga e que a fauna tomotiana surgiu pela primeira vez nas rochas do fim do Pré-Cambriano. Contudo, ainda parece que uma grande variedade de conchas fósseis aparece repentinamente no começo do Cambriano. Muitos desses fóssseis são muito pequenos e representam vários tipos diferentes de moluscos e artrópodes com carapaça (animais com pares de patas articuladas) - é como se tivesse havido uma explosão na diversidade da vida.

No entanto, alguns cientistas afirmam que não houve uma grande explosão da vida, mas que parece assim porque muitos organismos passaram a ter carapaças e partes rígidas, que se fossilizam muito mais facilmente do que partes macias. Fósseis do Cambriano encontrados em Burgess Shale (Canadá), na China e na Groenlândia mostram que a diversidade de artrópodes já era alta, com muitos habitats diferentes preenchidos com animais especializados. A diversidade desses organismos pode indicar sua presença no final do Pré-Cambriano, o que significaria que a explosão do Cambriano foi um instrumento de preservação. Ainda assim, há evidências fóseis do aparecimento, no Cambriano, da maioria dos grandes grupos de invertebrados marinhos (animais sem coluna vertebral), incluindo grupos que se tornaram extintos posteriormente, como os trilobitas, os conodontes e os graptólitos. Uma descoberta importante, do ponto de vista dos estudos de evolução, foi recentemente feita na China: a de que os primeiros animais semelhantes a peixes, com um início de coluna dorsal (uma haste de sustentação chamada notocorda) também evoluíram no Cambriano. Mas toda essa vida estava confinada aos oceanos; de acordo com o registro fóssil, a água doce e a terra não apresentavam formas de vida que pudessem ser preservadas por fossilização, embora seja muito provável que organismos microbianos já tivessem invadido esses ambientes.



                  TRILOBITA SILURIANO

Artrópodes marinhos chamados trilobitas, com exosqueletos mineralizados, evoluíram no período Cambriano.





CHARLES WALCOTT

O paleontólogo americano Chjarles Walcott (1850-1927) encontrou cerca de 70 mil fósseis do Cambriano médio em Burgess Shale, nas Montanhas Rochosas canadenses, que atualmente é considerado Parimônio da Humanidade. A preservação das partes moles de seus fósseis traz informações sobre a vida marinha da época. Walcott foi diretor da US Geological Survey e depois secretário do Smithsonian Institution, em Washington, EUA.


VIDA MARINHA

Como preservam geralmente em forma mineralizada os tecidos duros, como conchas, esqueletos e dentes, os registros fósseis tendem a ser altamente parciais. A vida marinha do Cambriano ao Siluriano foi dominada por uma quantidade de organismos que hoje estão extintos ou são muito menos abundantes. As braquiópodes, superficialmente semelhantes aos mexilhões atuais (que são moluscos, mas têm anatomia diferente). Já havia mexilhões e caracóis marinhos, mas seus parentes nadadores, os cefalópodes (animais semelhantes a lulas e polvos) eram particularmente comuns, assim como alguns grupos atualmente exitintos, como os rastejadores trilobitas, os conodontes nadadores e os graptólitos flutuadores. Os recifes de coral floresceram em oceanos rasos e quentes, com animais em forma de palma chamados briozoários, algas calcárias e muitos artrópodes e vermes. Apenas tocas destes últimos tendem a ser preservadas como evidência de sua existência.


PEIXE SEM MANDÍBULA DO
DEVONIANO

Peixes de aparência estranha, sem mandíbulas nem dentes, do Devoniano, estão entre os primeiros animais com espinha dorsal.


IDADE DO GELO

A descoberta de superfícies rochosas marcadas pelo gelo, pedras arrastadas por ele e outros depósitos glaciais no estrato tardio do Ordoviciano do norte da África pode parecer difícil de explicar em relação ao clima atual. Contudo, a medida de grãos ricos em ferro orientados pelo campo magnético da Terra no Ordoviciano mostra que essas rochas estavam agrupadas próximas ao Polo Sul na época de sua formação e foram movidas pelo processo de tectônica de placas. A África e a América do Sul foram parte do supercontinente Gondwana e sofreram glaciação com o crescimento da calota polar. Ass mudanças drásticas no clima e no nível do mar causaram a extinção em massa do fim do Ordoviciano, na qual desapareceram 50% dos gêneros de organismos marinhos.


VIDA NA TERRA 

As evidências de vida na Terra começam com pegadas fósseis raras de artrópodes de água doce e esporos de plantas primitivas parecidas com musgos, ambos nos estratos do Ordoviciano. No Siluriano, apareceram plantas vasculares eretas, como a Cooksonia, que ainda dependiam de ambientes aquáticos para reprodução, e pequenos artrópodes que se alimentavam de seus restos em decomposição.

O início do período Devoniano trouxe uma rápida diversificação de plantas terrestres e da fauna. No seu final, as primeiras florestas recobriram pântanos, que estavam cheios de peixes. Alguns desses peixes desenvolveram quatro membros (tornando-se os primeiros tetrápodes) e se aventuravam na terra em busca de alimento, mas tinham de voltar para a água a fim de se reproduzir.
 


COOKSONIA

Com hastes pequenas, bifurcadas e sem folhas, a Cooksonia, oriunda dos estratos do Siluriano, foi uma das primeiras plantas de crescimento ereto.



A TERRA ESVERDEADA 

O registro fóssil mais antigo da evolução das plantas terrestres é composto principalmente por esporos e pólen. Fósseis de plantas se tornam cada vez mais comuns a partir do Devoniano, refletindo o desenvolvimento das florestas.
 



PERÍODO ORDOVICIANO 

Primeiras plantas terrestres
(briófitas tipo musgo)



PERÍODO SILURIANO

Pequenas plantas terrestres de crescimento ereto.




PERÍODO DEVONIANO

Primeiras plantas terrestres com porte arbóreo.




PERÍODO CARBONÍFERO

Florestas extensas, que formaram depósitos de carvão.



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Fonte: Isto É - Enciclopédia Ilustrada da Terra

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