sábado, 13 de outubro de 2012

Bactéria pode acabar com estrelas-do-mar devoradoras de corais

Espécie de estrela-do-mar 
está entre as principais causas de redução pela metade 
da Grande Barreira de Corais

 
Getty Images | Estrelas do mar devoradoras de corais na Grande Barreira de Corais de Austrália


Cientistas australianos anunciaram nesta segunda-feira ter identificado uma bactéria capaz de erradicar estrelas-do-mar devoradoras de corais, embora ainda desconheçam se o microorganismo é nocivo para outras espécies marinhas.

Esta descoberta pode ser importante na luta contra a perda de arrecifes coralinos devido a tempestades, ao avanço das estrelas-do-mar e ao aquecimento global.

Segundo um estudo publicado na semana passada por cientistas australianos, a Grande Barreira de Corais da Austrália perdeu mais da metade de seus corais nos últimos 27 anos.

A Acanthaster púrpura, espécie de estrela-do-mar invasiva também conhecida como "coroa de espinhos" é responsável por 42% dos danos.

Os cientistas do Centro de Excelência para os Estudos sobre os Arrecifes Coralinos da Universidade James Cook, em Queensland (nordeste), desenvolveram um cultivo que infecta a estrela-do-mar com uma bactéria capaz de matá-la em 24 horas.

Resta demonstrar que o método é seletivo e não representa ameaça às demais espécies marinhas.

"Quando desenvolvemos um método de controle biológico, é preciso zelar para que tenha como alvo apenas as espécies referidas e garantir que não prejudique outras espécies em seu entorno", explicou o professor Morgan Pratchett.

"Este composto parece muito promissor neste ponto, embora ainda seja preciso fazer muitos testes em aquário antes de realizar experiências no mar", afirmou.

Nos pontos turísticos da Austrália, mergulhadores controlam a proliferação das estrelas-do-mar injetando-lhes veneno uma por uma.

A bactéria permitiria destruir até 500 indivíduos com uma única injeção.

O Oceano Pacífico sofre atualmente uma invasão de Acanthaster púrpura, que afeta o território americano de Guam, a Polinésia francesa e Papua Nova Guiné, e se estende até o Oceano Índico.

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Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br, em 09/outubro/2012

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