terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ecologia


Três grandes megacidades
 contaminarão menos


Atualmente 600 bilhões de dólares são utilizados para subsidiar 
os combustíveis fósseis e isto altera os custos ambientais 
de certas formas de produção.
Alberto Barlocci
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Buenos Aires / Ecologia – Buenos Aires, Cidade do México e São Paulo assinaram um documento no qual se comprometem a reduzir as consequências do efeito estufa sobre estas megacidades. O acordo foi feito durante uma jornada de trabalhos do Rio+C40, efetuada no contexto da Cúpula desenvolvido na cidade brasileira do Rio de Janeiro, conhecida pela sigla Rio+20.

A rede C40 reúne quarenta grandes cidades cujos administradores dedicaram uma jornada ao tema da mudança climática e como enfrentá-la. Adalberto Maluf, diretor do C40 em São Paulo, anunciou que o acordo prevê a cooperação das três grandes metrópoles sobre alguns temas principais como: a governabilidade, a qualidade de vida, os espaços públicos, a mobilidade, a poluição urbana, o uso eficiente da energia, a água e o uso do solo.
Cerca de 50 milhões de habitantes vivem em Buenos Aires, São Paulo e Cidade do México, considerando as respectivas periferias. Já são proverbiais os problemas dos vizinhos da capital mexicana devido à concentração de ozônio no ar da cidade causada pela contaminação atmosférica. Mas nem a cidade paulista, nem a capital portenha estão isentas de graves problemas de contaminação, que reduzem notavelmente a qualidade de vida de seus habitantes.
O acordo foi assinado durante a Cúpula Rio+20, que tem cada vez menos oportunidades de conseguir uma tomada de consciência sobre a urgência de enfrentar os problemas ambientais do planeta. Prova disso é a ausência dos principais líderes mundiais no evento do Rio de Janeiro. E isto acontece ao mesmo tempo em que a OCDE informa num documento que se nos próximos anos não forem tomadas decisões radicais para reduzir as emissões poluentes, os cenários para 2050 serão preocupantes, já que nos próximos 30 anos cerca de 4 milhões de pessoas por ano morrerão nas grandes cidades devido â poluição do ar que respiram.
Para Camilla Toulmin, diretora da ONG International Institute for Environement and Development com sede em Londres, um passo importante seria o de incluir os custos ambientais na estrutura e a formação dos preços, a fim de incluí-los nos custos de produção e de consumo. " Hoje 600 bilhões de dólares são utilizados para subsidiar os combustíveis fósseis e isto altera os custos ambientais de certas formas de produção". Seriam apenas os primeiros passos para evitar avançar para a irreversibilidade de alguns problemas ambientais.
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Alberto Barlocci. Diretor da revista Ciudad Nueva. Publicado em Ciudad Nueva, www.ciudadnueva.org
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Fonte: Miradaglobal.com

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